Como estruturar uma estratégia em saúde e segurança do trabalho, considerando padrões e boas práticas ESG

Empresas começaram a vivenciar um novo cenário durante o período da pandemia, onde houve uma grande valorização de novas estratégias e conceitos, para gerar sustentabilidade, posicionamento de mercado, e mais do que nunca, valorizar seu próprio capital humano, conquistar e reter talentos, pois este é o ponto que traz o grande diferencial a estas.

Dentre os padrões e boas práticas muito discutido atualmente, o ESG (enviroment, social, governance) ganhou pauta nos conselhos, afim de construir estratégias alinhadas a finalidades também propositivas ao mesmo tempo. Quanto consideramos o “S”, referimos a como tais discussões trarão um impacto positivo aos colaboradores, melhorando sua saúde e ambiente onde realizam suas atividades profissionais. Mais ainda, como o conceito irá beneficiar os determinantes sociais que exercem efeito direto sobre a saúde desses e de seus familiares ?

Implantando estratégia regulatória/propositiva em saúde e segurança

Inicialmente as empresas podem utilizar as próprias normas regulamentadoras, que também passaram por recente revisão, e que já abordam questões analíticas sobre ambiente e segurança. Uma das revisões que podemos citar aqui, seria a própria revisão da NR-7, que regulamenta o PCMSO (programa de controle médico em saúde ocupacional). Até então, este documento, simplesmente coloca de uma forma estática, entre alguns parâmetros, todos os exames ocupacionais, realizados por atividade ocupacional específica. A revisão desta norma, que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2022, já entra com um necessidade, muito mais analítica, considerando colaborador/ambiente de trabalho, considerando inclusive a substituição do PPRA (programa de prevenção de riscos ambientais), por um PGR (programa de gerenciamento de risco).

Para que haja um gerenciamento de risco efetivo, frete a todos os perigos (equipamentos, químicos, temperatura, etc) presentes na empresa, torna-se necessário utilizar a própria oportunidade  dos exames ocupacionais obrigatórios, principalmente o periódico, ampliando seu inquérito, utilizando como sugestão, a abordagem em atenção primária à saúde, gerenciando todos os fatores de risco do indivíduo, suas doenças crônicas, questões sociais, entre outros, e a partir daí, traçar seu plano de cuidados, que poderá ser de 3 formas: manter os saudáveis, saudáveis, eliminar fatores de risco e controlar os crônicos.

Além do mapeamento individual/populacional da própria empresa, também faz-se necessário a abordagem no meio ambiente. Já existe nas próprias NR-15/16, uma descrição sobre os principais perigos, e métricas específicas para cada um desses. Inicia-se este processo, com o time de engenharia e segurança, fazendo um inventário de perigos/meio ambiente, sendo que neste ponto, é muito importante considerar também histórico dos eventos que ocorreram previamente, acidentes do trabalho.

Somando ambos mapeamentos, indivíduo/meio ambiente, inicia-se a construção de um programa de gerenciamento de risco (PGR), onde irá constar o diagnóstico atual, as melhorias já realizadas, as que ainda serão realizadas para que haja uma evolução constante em proporcionar as melhores condições de trabalho para seus colaboradores.

Conceito S-ROI

A partir da breve descrição acima, sobre como estruturar estratégia focada em ambiente e segurança, fica mais claro explanar sobre o S-ROI. Este é um conceito, apesar de simples, ainda pouco explorado, sobre como obter um retorno sobre investimento das iniciativas ligadas ao “S”. Poderia escrever não somente mais artigo colocando todos os benefícios para a própria empresa exercendo esta conceito, mas na verdade um livro. Além de estar cumprindo todas as questões regulatórias, os pontos propositivos trarão um retorno infinitamente maior a ambos(colaborador/empresa), pois melhorando as condições de saúde/ambiente, por consequência a retenção de talentos aumenta, número de afastamentos reduz, gera menor alíquota tributária (FAP), reduz despesas assistenciais do plano de saúde, melhora relação com investidores, visibilidade no mercado, entre outros inúmeros fatores, que inclusive, colocado em indicadores muito claros e mensuráveis, com as ferramentas adequadas, gera um grande retorno.

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